A empresa italiana Fiat vai trazer ao mercado o Tipo, famoso modelo dos anos 90, entretanto – contudo – o carro será lançado como Egea (ou Aegea). Bom, o caso é um pouco complexo – pois em alguns mercados, o modelo será chamado de Tipo e – de fato – em outros será somente Fiat Egea. Provavelmente, em todo o caso, o novo sedã deve ser chamado pelo nome de Fiat Tipo em países localizados no Leste Europeu. O nome será usado tanto para as versões sedã – como carroceria hatch.

Na prática, o modelo será fabricado na Turquia, para substituir o atual Linea, naquele mercado. O modelo será exportado para o Oriente Médio, África e Leste Europeu. Há possiblidade de que o carro chegue ao Brasil e o modelo médio seja fabricado – inclusive – por aqui, na fábrica da Fiat, na cidade pernambucana de Goiana.

Contudo, a empresa europeia sequer divulgou datas e previsões sobre lançamento do Tipo/Egea no mercado nacional e não há confirmações sobre a fabricação do modelo médio. Outro dado especulado pela mídia especializada, é o fato de que o sedã Egea deverá substituir o Linea e o Bravo no Brasil. Tendo em vista que ambos modelos já não conseguem atingir a quantidade esperada de clientes, no que se refere às metas da Fiat quanto às vendas dessas duas linhas.

Os principais detalhes do Tipo/Egea
O Fiat Egea tem cerca de 4,5 metros de comprimento, 1,78 m de largura, além de 1,48 m de altura. A distância entreeixos é de 2,64 m. O porta-malas tem capacidade para cerca de 510 litros. Bom, o modelo também vem com as seguintes especificações:
- Motores: 1.3 MultiJet II de 95 cv – além da opção 1.6 MultiJet II de 120 cv;
- O modelo também terá a opção a diesel 1.4 Fire – de 95 cv;
- Há opção para câmbio manual ou automático;
- Quanto ao consumo de combustível, algumas versões podem obter consumo médio de 25 km/l.

Segundo informações, há também a presença de itens e equipamentos de destaque, como por exemplo, o sistema de entretenimento Uconnect. Neste caso, o modelo vem com navegador GPS – além de um painel de instrumentos – com tela TFT. O volante do carro é multifuncional e o motorista também pode contar com sensores de estacionamento – os quais incluem câmera de ré, além de sensor de chuva e outras especificações.

Fiat Tipo e os polêmicos incêndios
No Brasil, o Fiat Tipo começou a ser importado no início dos anos 90. Até o ano de 1993, o modelo era fabricado no Brasil. Detalhe, em 1995, o Tipo chegou a ser nacionalizado. Nos primeiros anos, o modelo teve ótimos índices de venda e boa aceitação no mercado nacional de automóveis, contudo, com o passar do tempo, surgiram muitos relatos e reclamações – quanto à performance negativa do carro nas estradas brasileiras.

Mas houve também um tema muito polêmico e que influenciou na trajetória do carro no país. Bom, neste caso, refere-se a situações, as quais centenas de motoristas relataram incêndios – que ocorreram em modelos de 1993 a 1995. O fogo era causado por causa da danificação de uma das mangueiras de alta pressão – as quais faziam a condução do fluído hidráulico. As mangueiras estouravam e, em função desse líquido inflamável derramado, ocorriam incêndios, os quais danificavam, por completo, o veículo.

Alguns especialistas afirmaram na época que o uso intenso da direção hidráulica também contribuía para que ocorresse o rompimento da mangueira e, consequentemente, os incêndios repentinos. Bom, e para tentar contornar a situação, a Fiat decidiu realizar dois recalls no modelo – mas o problema foi identificado e solucionado apenas no segundo processo.
Houve certa pressão de proprietários do modelo, para que a empresa realizasse a manutenção e troca de equipamentos. Na época, os motoristas e proprietários de modelos Fiat Tipo se mobilizaram e, inclusive, foram até criadas algumas associações de pessoas que passaram por essa situação – envolvendo incêndio espontâneo no modelo.

Nos anos seguintes, as vendas do modelo tiveram quedas significativas, até o final dos anos 90, quando a produção foi encerrada, em 1997. O modelo foi superado por linhas como Volkswagen Golf. Em termos de unidades vendidas, estima-se que quase 200 mil tenham sido comercializados no mercado nacional.